O júri do Festival Internacional de Cinema de Marraquexe presidido por Martin Scorsese entregou a estrela de ouro ao realizador sul-coreano Lee Su-Jin pelo filme “Han Gong-Ju”.
“Estou muito feliz por receber o prémio deste júri e por ter participado no Festival Internacional de Marrequexe em Marrocos”, disse o realizador sul-coreano.
“Han Gong-Ju” relata as desventuras de uma jovem rejeitada pelos pais que decide sair de casa e recomeçar uma vida nova.
O prémio do júri foi entregue a dois filmes, “Blue Ruin” do realizador norte-americano Jeremy Saulnier e “La piscina” do cubano Carlos Machado Quintela.
“É incrível ganhar um prémio, penso que vou ter mais consciência do valor dele quando chegar a casa amanhã após 27 horas de viagem e três escalas, não esperava ganhar o prémio e não sei se o mereço”, confessou o realizador cubano.
“La piscina” retrata as férias de quatro adolescentes portadores de deficiência.
O realizador italiano Andrea Pallaoro foi recompensado com o prémio da melhor encenação pelo filme “Medeas”.
“Estou muito feliz, este prémio significa muito para mim, porque fez parte desta competição e foi apresentado a um júri incrível que me inspirou quando era jovem, é um sonho receber um prémio das mãos deste júri”, disse o realizador italiano.
“Medeas” descreve a vida interior de uma família, num meio rural.
O júri atribuiu o prémio da melhor interpretação masculina à dupla Slimane Dazi e Didier Michon pelos papéis no filme “Fièvres”.
“O galardão é pesado e lindo, vivemos um momento muito bonito em Marraquexe, estou emocionado pela forma como fui recebido e sinto-me honrado por partilhar o troféu com o meu pequeno Didier”, disse o ator francês.
O filme de de Hicham Ayouch gira em torno de um adolescente zangado com a vida e com os adultos que encontra o pai pela primeira vez. O progenitor vive na periferia de Paris em casa dos pais.
A atriz sueca Alicia Vikander ganhou o prémio da melhor interpretação feminina pelo papel em “Hotell”, de Lisa Langseth.
“Estou muito feliz é uma grande honra estar aqui com o meu filme, o prémio significa muito para mim e para o cinema escandinavo. Tivemos aqui realizadores fantásticos e receber o prémio das mãos do júri foi um grande momento”, considerou Alicia Vikander.
A atriz sueca incarna o papel de uma mulher, bem sucedida do ponto de vista profissional mas insatisfeita com a vida.
Para dar um pouco de picante ao quotidiano, junta-se a um grupo de pessoas estranhas que se reúnem em quartos de hotel.
O prémio para melhor curta-metragem foi entregue a “Bad”, um filme de 22 minutos,realizado por Ayoub Lahnoud e Alaa Akaaboune, dois estudantes da escola superior de artes visuais de Marraquexe.
“Estamos muito contentes. Trabalhámos muito para fazer o filme mas fomos recompensados, gostaríamos de continuar na mesma direção e fazer filmes juntos”, disse Alaa Akaaboune.
“Bad” relata a vida infernal de um rapaz surdo num bairro pobre durante uma camapanha eleitoral.